segunda-feira, 20 de maio de 2013

"Como eu saio daqui?" - Solução dos problemas, O Enforcado e a Estagnação. Parte I


Depois de muito tempo sumida e sem escrever, refletindo sobre a vida, o universo e tudo o mais e pensando em diversas pessoas que conheço que sempre estão passando por situações complexas, eis que volto com esse tema.
Acho que já faço notar o fato de que este arcano é um dos meus favoritos para estudo. Acredito que isso se deve ao nível de reflexão, auto-conhecimento e aprendizagem que ele nos proporciona ao longo do caminho. Sem falar em sua associação ao elemento água e também ao signo de Peixes (uma das associações astrológicas existentes ao arcano).

Continuarei esse pequeno artigo num post posterior ;-)

Na jornada do herói (nossos 22 arcanos), O Enforcado trata-se da pausa no meio do caminho, para refletir e observar de onde você saiu, para onde pretendia ir e para onde, de fato, estava indo... Isso até acabar preso numa árvore.
Alguma coisa está errada na sua vida, e você precisa descobrir o que é e o porque foi parar lá.

O Enforcado é o momento da vida em que você para e pensa "como eu saio daqui?". Você está preso pelo pé, pendurado na árvore e tudo que você quer e se pergunta o tempo todo é "Como saio daqui?". Então, quanto mais você tenta se mexer, mais você se machuca e mais tempo continua ali preso à arvore.
O que você precisa fazer é RECOMEÇAR (lição do arcano seguinte, A Morte). Recomeçar o caminho que o levou até lá, recomeçar seus pensamentos, sentimentos e percepções. Precisa matar e morrer... Ou então, escolha continuar pendurado, quando A Morte deixará de ser uma opção e também de ser figurativa.

Agora, como recomeçar se não se sabe como? Você sabe que errou. E que está no lugar errado. Preso, parado. Mas não sabe em que ponto do caminho exatamente você errou para parar lá. A partir daí entra todo o significado do Enforcado... Sobre dar um templo, refletir, rezar por iluminação e por último, não menos importante, ver as coisas de uma forma diferente.

Okay. Ótimo. Você sabe que precisa refletir, precisa ver tudo diferente e descobrir onde errou.... Mas como fazer isso? Qual a outra maneira de ver as coisas? Existem muitas formas de ver um único problema, mas qual a certa para a você no instante em que se encontra?

Eu acredito que a resposta para isso depende um pouco de "em que ponto" dO Enforcado a pessoa está... Ou melhor, há quanto tempo ela se encontra ali... O que mais vemos hoje em dia são pessoas passando por longos períodos de estagnação: Relacionamentos de anos não funcionam, demora-se a encontrar um emprego, a concluir uma reforma de casa, estudos ou qualquer coisa. E infelizmente O Pendurado assim age: Quanto mais você teima com ele, mais tempo ele permanece na sua vida...

Mas de uma forma geral, a conclusão a que chego, independente de uma análise de caso específica, é que o que fez ela parar ali, naquele trecho do caminho, amarrado, preso e estagnado não foi um único erro... Foi O CAMINHO TODO.
E isso significa também não analisar somente as escolhas que se julga terem sido as erradas... "Se eu tivesse virado à esquerda ao invés de...". NÃO. O problema não foi ter seguido um caminho, mas sim O QUE VOCÊ FEZ DO CAMINHO QUE SEGUIU.

Você pode sair de casa e quebrar o pé, depois dizer que o problema foi a água que estava no chão, ou a sola do sapato que estava muito gasta, ou qualquer outra desculpa que justifique - racionalmente - o ocorrido, mas o fato é que tudo começou na hora em que você decidiu que sairia - ou até antes, na hora em que acordou - e como você foi desenvolvendo tudo até o momento em que efetivamente caiu - ou seja, emocionalmente.

Então quando se chega nO Enforcado, você não pode analisar somente a árvore em que ficou preso, precisa analisar todo o ambiente e cada passo que tomou. Não somente o trecho específico em que ficou preso mas sim analisar tudo que fez você parar lá. Logo, o problema de quem chega nO Enforcado é, no mínimo, não ter assimilado a lição de todos os outros arcanos anteriores - dO Louco à Força. Podemos dizer que uma das lições dos arcanos maiores é a mais importante ou possui maior peso em relação ao caminho todo, no entanto, todas as outras também devem ser levadas em consideração.

Para sair dO Enforcado  e de sua estagnação é necessário então, descobrir qual lição cada um dos arcanos pretendia passar a você, aceitar que você não a assimilou e a partir daí, ir desenvolvendo a tão procurada "nova percepção" sobre os problemas existentes em sua vida. E descobrir também qual dessas lições possui mais peso, pois essa lhe dará o maior suporte para a superação da estagnação.

No próximo post, a lição de cada arcano e
uma sugestão de leitura para ajudar na solução do problema.

sábado, 28 de janeiro de 2012

Futuro, Oráculos e Brumas de Avalon


Gente, publiquei um texto no Fadas & Abobrinhas sobre Oráculos, Brumas de Avalon e Reflexões.
Decidi postar lá pois é meio "paganizado".

Se tiver interesse, dê uma passadinha AQUI.

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Rainha de Paus: Pode vir quente que estou fervendo!

Gente, há muito, muito tempo quero postar um texto sobre a Rainha de Paus, como ando na correria, com coisas demais para fazer, até deixei meus blogs de lado... A correria é tanta que no meu dia-a-dia já é difícil lembrar das coisas, imagine escrever! Mas já que pretendo voltar a cá e escrever, volto com um insight desta noite, proporcionado pela USGames Brasil.

E muito em breve, posto minhas percepções da Rainha de Paus aqui (-;



Erasmo Carlos

Se você quer brigar
E acha com isso estou sofrendo
Se enganou meu bem,
Pode vir quente que eu estou fervendo!
Mas se você quer brigar
E acha com isso estou sofrendo
Se enganou meu bem,
Pode vir quente que eu estou fervendo!
Pode tirar
Seu time de campo,
O meu coração é do tamanho de um trem.
Iguais a você,
Eu já ganhei mais de cem.
Pode vir quente que eu estou fervendo!
Mas se você quer brigar
E acha com isso estou sofrendo
Se enganou meu bem,
Pode vir quente que eu estou fervendo!
E acha com isso estou sofrendo
Pode vir quente que eu estou fervendo!
E acha com isso estou sofrendo
Pode vir quente que eu estou fervendo!

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

O Louco, Mamys e Os caminhos.

Recentemente, tenho lembrado de uma frase comumente usada que em um determinado momento da infância – como todos nós – aprendi o significado... Porém a forma como minha mãe me explicou ficou guardada em meu sub-consciente para o momento apropriado, o qual, obviamente, é agora.

A frase em si é “8 ou 80”. A explicação foi de alguém que fica nos limites, não tem meio termo, é estourado, “mãe como assim?”E aí veio uma frase em especial que desencadeia o texto: “É como O Louco do tarô, filha, ele não tem número. Pode ser tanto o começo quanto o final, ele fica nas pontas... Nunca no meio. É alguém extremista!”.

Nossa Soph, mas você nunca disse que sua mãe sabia tarô ou que ela tinha te ensinado! Nunca disse porque não tem o que dizer. Minha mãe era marota, curtia as coisas na moita. Pegava um pouco cá outro lá... Mas não sabe jogar tarô. Soltava umas de vez enquanto, todas guardada comigo e que agora são usadas... Isso desencadeou uma conversa depois sobre o que era tarô e como ela sabia, mas isso não vem ao caso. Enfim!
Subitamente me lembrei da frase ao me perceber uma pessoa “8 ou 80”. Eu sou extremista. Fato.

Agora, me peguei pensando se eu tinha algo de “Louca”. Ok, todos temos algo de todos os arcanos. Mas me botei a pensar em especial pelo que minha mãe falou em uma tarde de sei lá que dia...

Temos em nossas mentes que O Louco é o viajante, a pessoa que largou tudo em busca de algo que não sabe o que é. A pessoa que tem que botar os pés no chão de vez em quanto no chão ou ouvir o som do cachorro para não desabar na vida, de tal forma, que não consiga levantar depois.

Mas, ouvir que O Louco é extremista, não ouvi ou li. Ok, certamente sair e ir a busca de algo que não se sabe o que é pode ser extremo, ou por se distrair trombar com o poste, cair no esgoto ou, ou no caso, o abismo. Isso certamente é ser extremo, ser extremamente viajado... Falamos do Louco em ousadia, em buscar um caminho, em faltar um objetivo... Mas nunca vi ninguém falando dele como extremo. A palavra per si. Então fiquei pensando e pensando no que minha mamys disse.

Ele pode ser exagerado, precipitado... Mas e extremista? Será que é isso o ficar nas pontas dos arcanos maiores? Falaremos que os arcanos maiores devem ser encarados como cíclicos. E eu concordo! Mas ainda assim, “0” é muito diferente de “22”. O “0” é o nada, o “21” é o tudo e o “22” acaba virando um “mais que tudo”, um “quero mais”. O Louco pode então ser a pessoa que tem O Mundo, mas não é o bastante. Ele pode ser a pessoa insatisfeita, que tem que sofrer de novo para dar valor ao que tinha.

Concluí então que sim. O Louco pode ser extremista. Ele pode querer uma vida toda pela frente ou acabar tudo num abismo. Ele pode arriscar tudo que tem por algo ou não querer mais nada e sair andando, buscando outra coisa. Uma pessoa de “tudo ou nada”.

Qual é o caminho do Louco? É o caminho da aprendizagem? Com certeza. O caminho da dor, dos prazeres, o caminho da vida! Mas qual exatamente é o Caminho do Louco? É o Caminho do Meio.

O caminho que seguimos na vida é o dos desejos e necessidades. É o caminho das energias opostas: bem, mal; homem, mulher; cara e coroa da mesma moeda. E passamos a vida tentando reconciliar estas energias dentro de nós, tentando nos envolver verdadeiramente conosco. Não sendo bonzinho demais para que pisem em nós, não sendo mal demais para que só queiramos prejudicar. Encontrando e vivenciando a união do oposto, masculino e feminino. Sim, Yin e Yang. É o nosso caminho de sabedoria. Em que buscamos interação destas energias, caminho da evolução, caminho do equilíbrio.

O Caminho do Louco é o Caminho  do Meio. O Caminho entre “0” e “22”. A busca do equilíbrio pessoal.



A Árvore da Vida contém vários caminhos de evolução e cada um de nós possui o seu próprio. Porém, o certo é que devemos nos manter, sempre que possível, no caminho do meio, ou seja, não devemos cair nos extremos para manter o equilíbrio da Árvore.

Graziella Marraccini

sábado, 6 de agosto de 2011

Verdade, Desafio e Tarô.

1º A necessidade de leituras livres, mais objetivas e que me façam pensar ao invés de só dar respostas;
2º A necessidade de mais interação com amigos e tarô, leituras coletivas e tal;
3º E a observação de algumas atividades, como perguntas sobre os arcanos em comunidades do Facebook como também participar do jogo The Tarot Game através da Pietra, me trouxeram a ideia que aqui compartilho.







Por que não um “Verdade ou Desafio” com tarô?
A ideia nasceu numa madrugada no MSN, quando eu e uma amiga estávamos meio à toa. E deu muito certo, pras duas! E como eu me sinto mais tranqüila e revigorada é uma coisa de louco ao mundo..

Primeiro, perguntar “Verdade ou Desafio”, lógico. Depois tirar uma carta para a pessoa.
A partir dessa carta você elaborará a pergunta a ser respondida ou o desafio a ser realizado.
Esse desafio pode ser do momento como até para ser realizado nos próximos dias – aí vai da sua consciência!

É uma leitura muito light, que propõe auto-conhecimento. Com várias pessoas, pode ser feito na estrutura clássica de girar uma garrafa, em dupla, rodadas alternadas. Não se pensa em um assunto a ser esclarecido, simplesmente se retira a carta a partir da resposta da pessoa. Simplesmente porque falamos em verdades sobre nós, coisas que vivemos, queremos e não queremos e desafios, coisas que devemos enfrentar e fazer. O objetivo não é fazer perguntas que nosso ego julga ser importante é querer rever conceitos, resgatar lembranças, é propor questionamentos... Diversão! Tudo isso agregando o simbolismo do tarô.

Devo dizer que foi bem surpreendente. Fala coisas que você não espera, faz pensar em coisas que você não pensava há muito tempo... Tudo isso dentro da temática dos arcanos.
Realizamos o jogo utilizando apenas os arcanos maiores, acho interessante, pois propõe muito mais assuntos mesmo com poucas cartas. Pretendo agregar os menores numa próxima...

E aí? Alguém topa tentar?

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Sobre o método de Mike Hernandez e sobre ler para si.

Postei este método AQUI, e agora, depois que experimentei, venho dizer que amei (=

Muitos tarólogos comentam e questionam sobre ler para si mesmo. Todos concordam que é complicado, por conta dos sentimentos envolvidos, mas que sim, é possível e só precisamos relaxar um pouquinho.

Achei esse método incrível para ler para si. Nunca fiz uma leitura tão clara! Talvez simplesmente porque é o tarô que te diz o que é importante no momento (não é você que pressupõe o que está sendo importante para você) é que a coisa tenha fluído tão bem!

Quando atendemos, temos uma leitura a três: o tarólogo, o tarô e o consulente. Quando somos nós quem lemos, só existem duas "pessoas" nessa conversa: Nós (consulentes) e o tarô, queremos nos fazer em três, mas não o somos! O tarô se transforma em tarólogo, de alguma forma... Somos aqui somente o consulente, aquele que fica querendo transformar o tarólogo em psicólogo. Só que queremos que "um baralho" escute! Enquanto o que deveríamos era apenas escutar o que o tarólogo diz, para depois disso pensar no nosso umbigo.

Sabe aquele pequeno espaço de tempo que olhamos para as cartas, para sua combinação, e só então falamos ao consulente? Enquanto o tarólogo pensa, existe do outro lado um consulente em expectativa, com o coração na mão. É este tempo que se perde. É aí que acontece a bagunça. Deveríamos ficar quietos, pensar, interpretar, deixar o tarô falar, para aí então pensarmos o que tudo isso tem a ver com nós.

Esse método parece aquietar os dois lados, o de tarólogo e o de consulente. Parece criar um acordo silencioso entre os dois. Loucura! haha

Recomendo a todos!

Grata,
Sophia.

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Cartas na Mesa, de Kelma Mazziero.

Lendo o livro da Kelma Mazziero, ainda no começo... Mas gostando muito!
Nunca vi textos que falassem tão bem do "viver arcanos" no dia-a-dia...



Você também pode ler por aqui, e pode comprar impresso aqui.
Leia também o blog da Kelma, Cartas na Mesa.