quarta-feira, 22 de junho de 2011

Sobre tarô e intuição ou Minha história com o tarô

Recentemente o Arierom Salik, do Blog de Tarô, postou o texto “Tarô é para quem não tem intuição”. Levei um susto com a frase, tal como o Emanuel, mas posso dizer que concordo redondamente e discordo ao mesmo tempo.

Arierom fala de ter conhecido clarividentes que só precisavam estar junto da pessoa para começar a revelar seu passado, presente e futuro... E é por aí mesmo, quem tem intuição ou clarividência não precisa do tarô. Mas afirmo que o tarô pode ser um caminho, mas que não significa que não necessita de estudo.

Creio que Arierom pensou nessas pessoas, que dispensam o estudo de tarô e utilizam apenas de intuição e se dizem estudiosos dos 78 arcanos - e por favor, me corrija se estiver enganada! Você pode usar dos 78 arcanos, mas se não estuda não estuda e acabou. Então pode usar de um baralho comum mesmo, ou qualquer outra coisa. Eu digo sempre: Uso de leitura de sinais, mas até isso precisa de estudo – e vou falar depois sobre isso!

Arierom também fala que mesmo assim, essas pessoas clarividentes que conheceu não captavam informações a todo momento e que isso gera um desgaste energético e físico brutal. E a partir daí é que me meto, e comigo o tarô.
Assumo-me aqui: Sou sim médium e clarividente. E eu sofria um inferno! Tal como Arierom coloca, tinha um desgaste absurdo, brutal. Absurdo de brutal! Vocês não têm ideia do quão brutal! Simplesmente porque esses insights e tudo o mais me ocorriam a todo instante, independente de lugar e momento. Tinha problemas ao andar na rua, ao estudar na escola, ao olhar para as pessoas.

Isso ocorria por falta de conhecimento e desenvolvimento. Nasci e vivi muito podada,  mas a partir da adolescência, tomei vergonha na cara, corri atrás disso e resolvi que entenderia. Foi quando me meti no ocultismo. Então comecei a dar nomes aos bois, a “reabastecer minha gasolina” e depois a “economizar combustível”... Ainda sim sofria, pois a coisa era intensa. Depois me adentrei na bruxaria, o que resolveu metade dos problemas - mas ainda muitos se mantiveram! Aí me meti com os sinais, que resolveu mais uma parte e por fim, não menos importante, o tarô.

Foi no tarô que consegui juntar o quebra cabeça, somei a leitura de símbolos com a clarividência e deu alguma coisa... Mas não parei aí! Vou ser sincera, aprendi tarô olhando para as cartas. E mesmo hoje não consigo já ler de cara o livro de um determinado baralho sem olhar para aqueles 78 conjuntos de símbolos... Mas estou longe de fingir que tarô é só intuição. Até uns meses atrás, quando estava na faculdade e inventei de fazer um trabalho com tarô, explicava empolgada para as pessoas o que era o tarô, eu lhes dizia “Se fosse simplesmente adivinhação ou intuição para que precisaria de um baralho?” E é isso. Pode ser uma forma de focar, mas estou longe de precisar disso para intuir. Mas antes de mais nada, o estudo do tarô foi uma recomendação do meu guia, mentor ou seja lá como você quer chamar. Sobre minha intuição, não paro só no tarô – e nem nunca vou parar. E sobre o tarô, não fico só na intuição – e nem nunca vou ficar!

Os mentores mesmos explicam – caso você pergunte: Tudo vem de estudo e nada se desenvolve sem estudo. Criatividade mesmo não é simplesmente inspiração divina e mesmo intuição ou evolução espiritual vem de estudo... A fonte pode ser seu guia espiritual, mas ainda sim, você estuda.

Sobre cobrar ou não tarô, eu posso não cobrar se sentir necessidade disso. Mas ainda sim, eu compro livros e estudo, como a maioria. Sobre intuição ser um “plus” na leitura, não acho. Mas acho difícil separar uma coisa da outra.
Veja bem, cada carta tem vários significados. Positivos, negativos, escorregadios e por vezes confusos. Usamos sim os métodos de leitura para ajudar na definição de qual é o significado que se encontra ali, mas ainda sim, o que faz com que aquele significado seja o correto e não o outro?
Lancei um pedido, um exercício, no grupo Tarologistas do Facebook - também coordenado pelo Arierom – para que os colegas ali interpretassem uma leitura que fiz e fotografei, pelo método da cruz celta. Cada um ali teve uma forma de ler aquelas informações. E somando um pouquinho de todas elas, deu a situação que ocorria. Questiono então, se eles não estivessem ali, cara a cara com o consulente, através das “energias no ar” não sentiriam melhor a situação e por sua vez, saberiam colocar aquela percepção “x” mais evidente ao invés daquela “y” e assim por diante.

Por fim, de estudar ou não tarô por símbolos, de ter percepções ou não sobre o tarô – já é outro assunto, mas okay – Eu digo o seguinte: Não existe um real manual de tarô, nem se sabe de onde vieram realmente os arcanos. Então acho pretensão afirmar que aquela carta se restringe a isso ou aquilo. Tudo que conhecemos de tarô foi formado por percepções de pessoas que se colocaram para estudá-lo. São sim 78 figuras com nomes e características de representação bem definidas... Mas foram pessoas que definiram seus significados. E antes que houvesse a primeira pessoa que se propôs a estudá-las, se havia alguém que se propusesse a lê-las, eram certamente mulheres que manjavam do barato. E elas não tinham livros para estudá-lo, mas o liam.

É isso! Agora vou voltar para o Nei Naiff, digo para o livro dele... E também para o Ziegler.

Grata,
Sophia.

6 comentários:

  1. Oi Sophia! Adorei seu texto e achei suas percepções muito interessantes!
    beijos =)

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  2. Gostei do texto, praticamente é a mesma coisa que penso. Estudo e intuição são importantes, um não exclui o outro.
    Grande abraço!

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  3. Que delicia de texto, a Arte imita a Vida... e vice versa!

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  4. Que maravilha Sophia!"Foi no tarô que consegui juntar o quebra cabeça, somei a leitura de símbolos com a clarividência e deu alguma coisa... Mas não parei aí! Vou ser sincera, aprendi tarô olhando para as cartas. E mesmo hoje não consigo já ler de cara o livro de um determinado baralho sem olhar para aqueles 78 conjuntos de símbolos... Mas estou longe de fingir que tarô é só intuição" Brilahnte!

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